Um interessante comentário publicado em Fevereiro de 2011...
E quem foi que escreveu isto?
Artigo de Opinião
Mário
Santiago, Presidente da Assembleia Municipal não foi “feliz”
na advertência que fez a Mário Pereira, presidente da Câmara Municipal quando
o repreendeu ao dizer que o presidente da autarquia «também
deve ser mais sintético nas respostas» para acrescentar que «todos
os eleitos (logo englobe o actual presidente) devem preocupar-se
em não se perderem em discussões que não contribuem em nada para resolver os
problemas do concelho».
Uma observação que não passou como
“mensagem” ao ponto de ter sido considerado (Santiago) como «um homem sem
carisma» e sem «sentido de dever e serviço público»
porque a sua posição e o cargo que ocupa lhe impõe medidas e regras naquilo que
transmite para o exterior.
Regras estas que foram violadas quando
“criticou” (no bom sentido) o presidente da autarquia e consideradas
como uma «falta de respeito» para o cabeça de lista da CDU porque a acusação
que lhe pesa, por partes de algumas pessoas é que: «Mário Santiago ainda não percebeu que o cargo que ocupa lhe foi dado pelo Sr. Presidente
da Câmara».
Ao advertir inócuamente o edil,
desencadeou uma “tempestade num copo de água” que foi mal aceite e compreendido
por partes de algumas pessoas que já consideravam Santiago um pequeno “ditador”
pelas posições que toma nas sessões da Assembleia Municipal a que preside para
agora se agravarem quando e, citando um leitor: «morde a mão a quem o
alimenta».
“Morder a mão” a quem o convidou
para desempenhar o cargo que agora ocupa não é lá muito democrático.
Não cremos de maneira alguma que
Santiago tivesse intenções de “repreender» um outro seu “camarada” que por
resultados eleitoras ocupa um cargo que não deve estar sujeito a “criticas
levianas” por outro da mesma bancada mesmo que este tenha a atribuição de o
fiscalizar.
Santiago sabe também que não é
presidente da Assembleia Municipal por acaso e sabe que não existem
casualidades porque quando o convidaram até foi «apanhado desprevenido» e até teve que pedir para «pensar» porque nunca tinha
pensado em «candidatar-me a um cargo político».
Considero e entendo que o inadequado
“lembrete” para com Mário
Pereira apenas foi dado como uma “forma de expressão” porque
foi inserido numa resposta adequada à entrevista que prestou ao semanário e que
fez desencadear toda esta tempestade.
Talvez ainda falte a Santiago
experiencia para saber que certas palavras ou afirmações não devem ser feitas
em local algum, caso contrário a mensagem não passa.
Foi o que aconteceu, penso eu, como outros devem pensar.
Mas também há muitos outros que assim não o
entenderam e tanto que lhe chamam «um menino birrento» quando na verdade de
“birrento” não tem nada já que afirmou na entrevista que concedeu: «Se a ideia
é fazerem-me um teste de força, podem ter a certeza que não me vão dobrar nesse
aspecto» mas tem de teimoso.
Quando um politico, o seu caso, é teimoso, sujeita-se
a ser mal interpretado.
Foi o que lhe aconteceu com a
“repreensão” que fez a Mário Pereira.
Um leitor deste jornal, num texto que nos
enviou (publicado) disse, e muito bem que «outros que andam na política não tenham tanto à vontade de falar no que
sentem sem ter que estar a escolher as palavras».
O leitor não está longe da verdade e
até pode afirmar o que diz mas Mário Santiago: «deve escolher muito bem as palavras» porque as “outras” (aquelas que disse na entrevista) apenas
devem ser ditas nos locais próprios, neste caso na Assembleia Municipal.
António Centeio
Fev 2011